Em
março deste ano o senador Álvaro Dias falou em Plenário:
“É
uma tragédia a organização da Copa do Mundo no Brasil, em contraste com as
demandas sociais e as necessidades da população, o que causa revolta na maioria
dos brasileiros”.
No seu discurso,
Álvaro Dias citou alguns dos dados colhidos na audiência pública e que, para
ele, traduzem o desperdício de dinheiro e os gastos exorbitantes nos
preparativos do evento:
- Enquanto o custo por assento na África do Sul foi de R$ 5.535,80 e na
Alemanha de R$ 5.497,02, o custo por assento no Brasil é de R$ 11.803,08.
- Com relação às obras de mobilidade urbana financiadas pela Caixa
Econômica Federal no corrente ano, da promessa inicial de serem realizadas 41
intervenções urbanas nas cidades-sede da Copa, apenas 31 foram efetivamente
esboçadas, e dessas, uma foi de fato concluída; cinco tiveram mais de 75% de
desembolso para sua realização; sete tiveram entre 50% e 75% de desembolso; 13
estão atualmente com menos de 50% de desembolso; por fim, cinco obras nem mesmo
foram iniciadas, muito menos receberam recursos.
- O gasto máximo previsto inicialmente com os 12 estádios das
cidades-sede era R$ 2,8 bilhões. Entretanto hoje já se encontra em R$ 8,5
bilhões, ou seja, um aumento de 240% no gasto com estádios. Somente o estádio
de Brasília se aproxima de um gasto final de R$ 2 bilhões.