quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Histórico da presença do aedes aegypti e albopictus no Brasil

Histórico da presença do aedes aegypti e aedes albopictus no Brasil 
 
O Aedes aegypti, transmissor de dengue e febre amarela urbana é, provavelmente, originário da África Tropical, tendo sido introduzido nas Américas durante a colonização. Atualmente encontra-se amplamente disseminado nas Américas, Austrália, Ásia e África. Conhecido no Brasil desde o século XVII, sua trajetória é descrita a seguir com referência aos marcos históricos mais relevantes:
 
1685 - Primeira epidemia de febre amarela no Brasil, em Recife.
1686 - Presença de Aedes aegypti na Bahia, causando epidemia de febre amarela (25.000 doentes e 900 óbitos).
1691 - Primeira campanha sanitária posta em prática, oficialmente no Brasil, Recife (PE).
1849 - A febre amarela reaparece em Salvador, causando 2.800 mortes. Neste mesmo ano, o Aedes aegypti, instala-se no Rio de Janeiro, provocando a primeira epidemia da doença naquele Estado, que acomete mais de 9.600 pessoas e com o registro de 4.160 óbitos.
1850 a 1899 - O Aedes aegypti propaga-se pelo país, seguindo os caminhos da navegação marítima, o que leva à ocorrência de epidemias da doença em quase todas as províncias do Império, desde o Amazonas até o Rio Grande do Sul.
1881 - Comprovação pelo médico cubano Carlos Finlay, que o Stegomyia fasciata ou Aedes aegypti é o transmissor da febre amarela. 
1898 - Adolpho Lutz observa casos de febre amarela silvestre no interior do Estado de São Paulo na ausência de larvas ou adultos de Stegomyia (fato na ocasião não convenientemente considerado).
1899 - Emílio Ribas informa sobre epidemia no interior de São Paulo, em plena mata virgem, quando da abertura do. Núcleo Colonial Campos Sales sem a presença do Stegomyia (também não foi dada importância a esse acontecimento).
1901 - Com base na teoria de Finlay, Emílio Ribas inicia, na cidade de Sorocaba SP, a primeira campanha contra a febre amarela, adotando medidas específicas contra o Aedes aegypti. 
1903 - Oswaldo Cruz é nomeado Diretor-Geral de Saúde Pública e inicia a luta contra a doença, que considerava uma .vergonha nacional., criando o Serviço de Profilaxia da Febre Amarela.
1909 - Eliminada a febre amarela da capital federal (Rio de Janeiro).
1919 - Surtos de febre amarela em seis Estados do Nordeste. Instala-se o serviço antiamarílico no Recife.
1920 - Diagnosticado o primeiro caso de febre amarela silvestre no Brasil, no Sítio Mulungu, Município de Bom Conselho do Papa-Caça em Pernambuco. A febre amarela deixa de ser considerada doença de cidade.
1928 a 1929 - Nova epidemia de febre amarela, no Rio de Janeiro, com a confirmação de 738 casos, leva o Professor Clementino Fraga a organizar nova campanha contra a febre amarela, cuja base era o combate ao mosquito na sua fase aquática.
1931 - O governo brasileiro assina convênio com a Fundação Rockefeller. O Serviço de Febre Amarela é estendido a todo o território brasileiro. O convênio é renovado sucessivamente até 1939. Técnica adotada: combate às larvas do Aedes aegypti mediante a utilização de petróleo. 
1932 - Primeira epidemia de febre amarela silvestre conhecida foi no Vale do Canaã, no Espírito Santo.
1938 -É demonstrado que os mosquitos silvestres Haemagogus capricornii e Haemagogus leucocelaenus podem ser transmissores naturais da Febre Amarela. Mais tarde, comprova-se que Haemagogus spegazzinii, Aedes scapularis, o Aedes fluviatilis e Sabethes cloropterus são também transmissores silvestres.
1940 -É proposta a erradicação do Aedes aegypti, como resultado do sucesso alcançado pelo Brasil na erradicação do Anopheles gambiae, transmissor da malária que, vindo da África, havia infestado grande parte do Nordeste do país.
1947 - Adotado o emprego de dicloro-difenil-tricloroetano (DDT) no combate ao Aedes aegypti;
1955 - Eliminado o último foco de Aedes aegypti no Brasil. 
1958 - A XV Conferência Sanitária Pan-americana, realizada em Porto Rico, declara erradicado do território brasileiro o Aedes aegypti.
1967 - Reintrodução do Aedes aegypti na cidade de Belém, capital do Pará e em outros 23 Municípios do Estado.
1969 - Detectada a presença de Aedes aegypti em São Luís e São José do Ribamar, no Maranhão.
1973 - Eliminado o último foco de Aedes aegypti em Belém do Pará. O vetor é mais uma vez considerado erradicado do território brasileiro.
1976 - Nova reintrodução do vetor no Brasil, na cidade de Salvador, capital da Bahia.
1978 a 1984 - Registrada a presença do vetor em quase todos os Estados brasileiros, com exceção da região amazônica e extremo-sul do país.
1986 - Em julho, é encontrado, pela primeira vez no Brasil, o Aedes albopictus, em terreno da Universidade Rural do Estado do Rio de Janeiro (Município de Itaguaí).
1994 - Dos 27 Estados brasileiros, 18 estão infestados pelo Aedes aegypti e, seis pelo Aedes albopictus.
1995 - Em 25 dos 27 Estados, foi detectado o Aedes aegypti e, somente nos Estados do Amazonas e Amapá, não se encontrou o vetor.
1998 - Foi detectada a presença do Aedes aegypti em todos Estados do Brasil, com 2.942 Municípios infestados, com transmissão em 22 Estados, Aedes albopictus presente em 12 Estados. 
1999 - Dos 5.507 Municípios brasileiros existentes, 3.535 estavam infestados. Destes, 1.946 Municípios em 23 Estados e o Distrito Federal apresentaram transmissão do dengue.
 
Fonte: FUNASA - abril/2001

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Trabalhadores têm direito à revisão de saldos do FGTS de 1999 a 2013


Trabalhadores que contribuíram entre 1999 e 2013 têm direito à revisão de saldos do FGTS   


FGTS_Regiao
A Taxa Referencial, responsável pela correção monetária no período, estava abaixo do valor da inflação. Quem teve contrato formal em regime CLT entre 1999 e 2013 e contribuiu com o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) deve ficar bastante atento. Neste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) considerou a TR (Taxa Referencial), responsável até então pela correção monetária de precatórios e do FGTS, como inconstitucional e ilegal. “A decisão ocorreu porque durante o período vigente em que foi utilizada (1999 a 2013), a TR não acompanhou os demais índices de correção e esteve abaixo da inflação, o poder de compra não foi recuperado e os trabalhadores receberam menos do que deveriam”, explica o especialista em Direito Tributário da RCA Advogados, Dr. Robson Amador. Por causa da mudança, todos as pessoas que trabalharam nos últimos 14 anos, inclusive os aposentados, podem entrar com ação judicial para pedir a correção do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. A estimativa é que a diferença percentual entre o que o trabalhador de fato recebeu, e o que deveria ter recebido, varia de 60% a 80%, dependendo dos meses e dos anos trabalhados. A partir de agora, o índice escolhido para a correção monetária do FGTS será o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). “Assim como outros índices, o INPC sempre acompanha o nível da inflação. Em termos de comparação, em um ano a TR acumula uma variação de 0,04%, enquanto o INPC registra uma alta de 6,67% durante o mesmo período”, relaciona o especialista em Direito Tributário. Aposentados e contribuintes que já tenham sacado o Fundo de Garantia também têm direito à revisão. O pedido pode ser feito em até 30 anos. Para entrar com a ação, o trabalhador deve obter os extratos do FGTS de 1999 a 2013 junto à Caixa Econômica Federal, RG, CPF, comprovante de residência procurar um advogado especialista. “A partir dos extratos, haverá uma comparação entre o índice que foi aplicado e o índice que deveria ter sido utilizado. A partir daí será calculada a diferença”, esclarece Robson Amador.
 
FGTS – O FGTS foi criado em 1966 por meio da Lei 5.107, para proteger o trabalhador demitido sem justa causa. Atualmente, é a Lei 8.036/1990 que regula o FGTS e faz menção à correção monetária. O Fundo de Garantia é uma conta aberta pelo empregador junto à Caixa Econômica Federal, para que seja depositado mensalmente 8% do salário, mais atualização monetária e juros.
Como surgiu a Taxa Referencial? – A Taxa Referencial é originária da Lei 8.177, que foi criada em 1991, no Plano Collor II. A iniciativa fez com que os valores recolhidos do FGTS não refletissem os índices oficiais da inflação, o que causou prejuízo aos trabalhadores.
(Fonte: Diário do Litoral)
 
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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO ALCANÇA MARCA HISTÓRICA NO COMBATE À DENGUE EM 2013

PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO ALCANÇA MARCA HISTÓRICA NO COMBATE À DENGUE EM 2013

A Secretaria Municipal de Saúde alcançou em 2013 a marca histórica de 8,375 milhões de visitas de inspeção para prevenção da dengue na cidade. O número superou o recorde do ano anterior, de 7,6 milhões de visitas. Além disso, 2013 registrou outro resultado inédito, o menor índice de infestação do mosquito desde 2005. Ao todo, mais de 1,161 milhão de depósitos foram eliminados e 3,803 milhões tratados. A expectativa da SMS é expandir esses números, objetivando a prevenção e o controle dos vetores. As ações de prevenção da dengue no município são feitas de forma permanente durante todo o ano, com inspeções dos agentes de saúde, mutirões e ações educativas. O monitoramento constante garante a realização de ações imediatas quando há aumento de casos na cidade, independente da época do ano ou estação. Além do trabalho residencial de rotina, há inspeções regulares em locais estratégicos, como terrenos baldios, cemitérios e ferros-velhos.Como reforço, desde março de 2011, a SMS vistoria imóveis abandonados ou fechados com respaldo do decreto que permite a entrada dos agentes sem a presença do proprietário. Em 2013 foram realizadas 68 entradas compulsórias em imóveis fechados e outros 1.761 proprietários, após serem notificados, entraram em contato com a secretaria para agendar a inspeção em seus imóveis. A população pode e deve continuar contribuindo para o combate à dengue.

Opinião: Uma coisa a Prefeitura não pode negar, "nós trabalhamos muito!" Salários baixos, P.A. sem estrutura, falta equipamento, uniforme, AGENTES, até mesmo protetor solar (o servidor tem que comprar com seu próprio dinheiro). Com tudo isso, com toda essa precariedade nós conseguimos alcançar essa meta, nós que saímos sol a sol, andando quilômetros por dia, visitando comunidades em conflito, vistoriando 25 (vinte cinco) casas abertas por dia, entre outras coisas, fomos nós que conseguimos, não o Prefeito e nem tão pouco os que ficam no ar condicionado esperando resultado, que fique bem claro isso.  
Jaime AVS

 




 

PROJETO DE LEI Nº 2077/2013 - Salário R$ 1.017,00 para ACE e ACS

Esse projeto de 03/04/2013 está parado, esperando parecer do relator André Corrêa da Comissão de Justiça RJ. Assim como todos os outros processos para valorização ACE e ACS, falta vontade política para ser aprovado. Temos que deixar de ser massa de manobra, chega de ser cabo eleitorais de governadores e prefeitos.

PROJETO DE LEI2077/2013
            EMENTA:

            INSTITUI O PISO SALARIAL DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE E AGENTES DE COMBATE ÁS ENDEMIAS E AS DIRETRIZES DO PLANO DE CARREIRA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.


Autor(es): Deputado ROBSON LEITE


A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESOLVE:

    Art. 1º - Fica fixado o piso salarial profissional dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias no Estado do Rio de Janeiro em R$ 1.017,00 (Um mil e dezessete reais), mensais, expedido no mês de janeiro, dos anos seguintes a publicação da lei, com base na somatória do índice anual acumulado do INPC e do PIB, que não o tenham definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Salário mínimo deveria ser de R$ 2.765

Salário mínimo deveria ser de R$ 2.765 para pagar cesta básica, diz Dieese

Preço dos alimentos também subiu em 2013, encarecendo a cesta

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica registrou em 2013 um aumento em todas as 18 capitais em que o estudo acontece, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Com isso, o departamento calculou quanto deveria ser o salário mínimo no país com base na cesta básica de Porto Alegre, que registrou o maior aumento em dezembro, custando R$ 329,18. Pela lei, o salário mínimo deve ser capaz de suprir a despesa do trabalhador e sua família. Com isso, o Dieese mostrou que o menor salário pago deveria ser de R$ 2.765,44, quase quatro vezes maior do que o que está em vigência atualmente, de R$ 724,00.
 
Em nove dos locais da pesquisa, o crescimento do valor da cesta básica foi acima de 10%. As maiores elevações aconteceram em Salvador, com 16,74%, Natal, com 14,07% e Campo Grande, que registrou aumento de 12,38%. Já os menores crescimentos ocorreram em Goiânia e Brasília que ficaram, respectivamente, com 4,37% e 4,99%.
 
Tabela mostra o custo da cesta básica e a jornada de trabalho necessária para pagá-la
Tabela mostra o custo da cesta básica e a jornada de trabalho necessária para pagá-la
A jornada de trabalho necessária para se pagar os alimentos essenciais de um trabalhador que receba o salário mínimo deveria ser de 94 horas e 47 minutos, pelo resultado das médias das capitais brasileiras em dezembro de 2013.
 
O único produto da cesta que registrou diminuição de preço em todos os locais pesquisados foi o óleo de soja, com queda de 27,10% em Curitiba e 13,66% em Natal.
 
Já o leite, a farinha de trigo, a banana, o pão francês e a batata aumentaram seus preços em todos os locais do estudo. A maior alta do leite aconteceu em Belém, registrando 28,24% e a farinha em Florianópolis, com 67,06%. O pão francês e a batata aumentaram respectivamente, em 24,17% em Campo Grande e 45,60% em Porto Alegre, enquanto o maior aumento da banana foi de 73,89% em Natal. 
 

domingo, 5 de janeiro de 2014

Efeitos no Corpo Humano pela Exposição ao Calor

 














Efeitos no Corpo Humano

1 - Cãibras musculares
Em situações de muito calor a transpiração origina a perda de água e sais minerais. Normalmente, a compensação é feita apenas com água, levando a que o tecido muscular se ressinta da falta de sais, reagindo com contrações involuntárias dos músculos das pernas e abdominais que provocam dor (cãibras).

Sintomas

Contrações involuntárias dos músculos das pernas e abdominais; pele fria e húmida; temperatura corporal normal; sem alteração do estado de consciência.

Que fazer?
  • Repousar num ambiente fresco;
  • Remover roupas apertadas;
  • Massagear os músculos afetados de modo a aliviar a dor;
  • Beber água natural com uma colher de chá de sal por cada meio litro de água (a água deve ser bebida devagar durante várias horas até se recuperar dos sintomas).
2 - Exaustão pelo calor
A exposição a temperaturas muito elevadas e a grande perda de água e sais pode levar a uma situação de exaustão pelo calor.

Sintomas

Dores de cabeça; náuseas; vómitos; tonturas; fraqueza; cãibras; pele húmida e pálida; temperatura corporal normal ou ligeiramente aumentada.

Que fazer? 
  • Repousar deitado num ambiente fresco;
  • Remover roupas apertadas;
  • Se possível utilizar soluções comercializadas para hidratação oral, caso contrário beber água natural com uma colher de chá de sal por cada meio litro de água;
  • Se a vítima estiver com vómitos ou inconsciente deverá ligar imediatamente para o 112.
     
3 - Golpe de calor
O golpe de calor corresponde a uma emergência médica. Quando exposto durante muito tempo a situações de calor extremo o organismo perde a capacidade de regular a temperatura. A temperatura interna sobe para valores muito elevados podendo provocar lesões internas graves.

Sintomas

Pele vermelha, quente e seca; pulsação rápida e fraca; temperatura corporal muito elevada; vómitos, perda da consciência.
Que fazer?
  • Ligue imediatamente para o 193 (Corpo de Bombeiros) ou 192 (SAMU), caso não consiga atendimento rápido, leve a vítima para o hospital mais próximo;
  • Remover roupas apertadas;
  • Enquanto não chegar ajuda médica deve-se tentar arrefecer a vítima colocando compressas frias ou mesmo sacos com gelo nas virilhas, axilas e peito (zonas do corpo onde ocorre maior transferência de calor) ou mergulhar a vítima em água tépida (20. º c a 25.º c);
  • Elevar as pernas;
  • Se a vítima tiver vómitos deve ser colocada em posição lateral de segurança;
  • Não dar líquidos (a hidratação deve ser feita em meio hospitalar).
 


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