domingo, 9 de fevereiro de 2014

Estação de tratamento da Pavuna dará mais fôlego à Baía de Guanabara

Estação de tratamento da Pavuna dará mais fôlego à Baía de Guanabara 

 
A Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) e o macro sistema de esgotamento sanitário da Pavuna, inaugura pela Cedae, vai reduzir o lançamento de esgotos in natura na Baía de Guanabara. A entrada em operação da unidade significa uma importante iniciativa para a realização dos Jogos Olímpicos de 2016. As obras do novo sistema integrado exigiram investimentos atualizados da ordem de R$ 485 milhões.
 
Construída no ano 2000, no âmbito do antigo Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG), a ETE Pavuna nunca entrou em operação porque os troncos coletores e as redes de esgotos não eram ligadas à unidade. "A estação foi concebida dentro das técnicas mais avançadas de redução de consumo de energia, garantindo maior eficiência em todas as fases de tratamento", afirmou o presidente da Cedae, Wagner Victer.
A estação, que tem capacidade para tratar 1.500 litros por segundo (l/s) de esgoto em regime secundário (capaz de remover 98% da carga orgânica), é dotada de três sistemas de tratamento - pré-tratamento, tratamento primário e tratamento secundário -, além de um laboratório de análise química de esgotos. 
 
O macro sistema Pavuna tem tronco interceptor de esgotos de 2.300 metros de extensão e 2 metros de diâmetro com início no bairro Jardim América e terminando na ETE Pavuna, garantindo a coleta e tratamento do esgoto produzido nos bairros de Acari, Colégio, Irajá, Vista Alegre, Jardim América, Vigário Geral e Pavuna no Rio de Janeiro e de parte dos municípios de São João de Meriti, Nilópolis e Duque de Caxias.
 
Segundo Victer, o tronco coletor também receberá de imediato o esgoto produzido nas comunidades do Dique, Furquim Mendes e Renascer, no Rio de Janeiro, e Vila Ideal, Lixão e Prainha, em Duque de Caxias. Após o encerramento de obras complementares, já em andamento, a estação receberá também o esgoto das comunidades Vila Esperança, Terra Encantada, Beira Rio, Vila Rica e Para-Pedro, no Rio de Janeiro.
 

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Quais são as ações de cada componente da vigilância em saúde?


Quais são as ações de cada componente da vigilância em saúde?
 
A vigilância epidemiológica é um “conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”. (BRASIL, 1990).
 
Seu propósito é fornecer orientação técnica permanente para os que têm a responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos.
 
Tem como funções, dentre outras: coleta e processamento de dados; análise e interpretação dos dados processados, divulgação das informações, investigação epidemiológica de casos e surtos; análise dos resultados obtidos e recomendações e promoção das medidas de controle indicadas.
 
A vigilância da situação de saúde desenvolve ações de monitoramento contínuo do país/estado/região/município/equipes, por meio de estudos e análises que revelem o comportamento dos principais indicadores de saúde, priorizando questões relevantes e contribuindo para um planejamento de saúde mais abrangente.
 
A vigilância em saúde ambiental centra-se nos fatores não biológicos do meio ambiente que possam promover riscos à saúde humana: água para consumo humano, ar, solo, desastres naturais, substâncias químicas, acidentes com produtos perigosos, fatores físicos e ambiente de trabalho.
 
A vigilância da saúde do trabalhador caracteriza-se como um conjunto de atividades destinadas à promoção e proteção, recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho.
 
A vigilância sanitária é entendida como um conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, produção e circulação de bens e prestação de serviços de interesse da saúde. Abrange o controle de bens de consumo que direta ou indiretamente se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e o controle da prestação de serviços que direta ou indiretamente se relacionam com a saúde.
 
Outro aspecto fundamental da vigilância em saúde é o cuidado integral à saúde das pessoas por meio da promoção da saúde. Essa política objetiva promover a qualidade de vida, estimulando a população a reduzir a vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura e acesso a bens e serviços essenciais. As ações específicas são voltadas para: alimentação saudável, prática corporal/atividade física, prevenção e controle do tabagismo, redução da morbimortalidade em decorrência do uso de álcool e outras drogas, redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito, prevenção da violência e estímulo à cultura da paz, além da promoção do desenvolvimento sustentável.
 
Fonte: Manual de Gestão da Vigilância em Saúde 2009

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Avaliação da colinesterase sanguínea humana - ACE


Avaliação da colinesterase sanguínea humana - ACE 
 
A Colinesterase é a enzima responsável pela hidrólise (destruição) da acetilcolina. Esta encontra-se presente nas sinapses (terminações nervosas), servindo como mediadora química da transmissão de impulsos nervosos através de fibras pré-ganglionares parassimpáticas e pós-ganglionares simpáticas. A acetilcolina, quando em excesso, é prejudicial. Para evitar isso, a colinesterase sanguínea quebra a acetilcolina quase instantaneamente, inativando-a, à medida que ela vai sendo elaborada. Essa reação química dá origem à colina e ao ácido acético, ambos inofensivos para o organismo.

Existem dois tipos de colinesterases: acetilcolinesterase ou colinesterase verdadeira (eritrocitária) existente nas hemácias, no tecido nervoso e nos músculos estriados, sendo esta a de maior importância na destruição da acetilcolina; e a pseudocolinesterase ou inespecífica, presente em quase todos os tecidos, principalmente no fígado, no plasma, pâncreas e no intestino delgado e em menor concentração no sistema nervoso central e periférico. A pseudocolinesterase encontrada no soro diminui antes daquela encontrada nas hemácias, sendo portanto, indicador biológico da exposição a inseticidas organofosforados.

Os inseticidas organofosforados e carbamatos são poderosos inibidores da colinesterase, sendo os organofosforados muito utilizados atualmente em saúde pública, em especial pelo PEAa. Com objetivo de garantir a proteção da saúde dos manipuladores desses inseticidas, os convênios do PEAa que estão sendo celebrados atualmente com Estados e Municípios contêm cláusula em que se comprometem a garantir aos manipuladores desses produtos exames periódicos e uso de equipamento de proteção individual (EPI).

A colinesterase pode sofrer alterações com diminuição da sua concentração basal em pessoas que são expostas constantemente a esses inseticidas. Os valores da colinesterase podem sofrer diminuição também em pacientes portadores de alguma doença hepáticas (hepatite viral, doença amebiana, cirrose, carcinomas, congestão hepática por insuficiência cardíaca), desnutrição, infecções agudas, anemias, infarto do miocárdio e dermatomiosite e alcoolismo.

Considerando que os níveis basais da colinesterase sofrem variações de uma pessoa para outra, é importante realizar o teste basal (pré-exposição) antecipadamente nas pessoas que irão ter contato com organofosforados e carbamatos.

A dosagem periódica da colinesterase sanguínea em manipuladores desses inseticidas é obrigatória, devendo ser realizada no mínimo a cada seis meses, podendo reduzir-se este período a critério do médico coordenador ou do médico agente da inspeção de trabalho ou, ainda, mediante negociação coletiva de trabalho. A FUNASA/MS, através do seu serviço médico, definiu que a periodicidade dos exames deverá ser quinzenal, e, para cada resultado encontrado, haverá um procedimento que vai desde o afastamento temporário até o definitivo afastamento das atividades com inseticidas.

A avaliação dos resultados depende do kit em uso. Atualmente, existem dois testes de campo: um que determina a atividade colinesterásica e o outro a sua inibição e kits espectrofotométricos. Tais resultados devem ser correlacionados com os antecedentes patológicos do paciente.

Finalmente, o uso dos equipamentos de proteção individual (EPI) e o apropriado manuseio desses inseticidas constituem medidas de suma importância na prevenção da saúde do trabalhador.

Nesse sentido, constituirão objeto de permanente preocupação por parte dos responsáveis pela programação e execução do combate ao Aedes aegypti as normas regulamentadoras de prevenção e controle da saúde dos grupos ocupacionais incumbidos das atividades descritas neste Manual.

Extraído “Manual Técnico do Combate a Dengue”, FUNASA Abril/2001, páginas 62 e 63.

 
Nota: Já estou a 1 ano e meio no Controle de Endemias no RJ e nunca fiz esse exame, nem mesmo quando fui admitido.

 

Postagem em destaque

LEI 13595/2018 - Reformula atribuições, a jornada e as condições de trabalho

Boa tarde amigos do Blog, prometi ao meu amigo Sr. Carlos postar sobre a Lei 13595 de 5 de janeiro de 2018, que reformula as atribuições,...

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *

Ouvidoria do Rio