RISCOS À SAÚDE HUMANA ASSOCIADOS AO USO DO DIFLUBENZURON NO COMBATE AO MOSQUITO DA DENGUE
O diflubenzuron é uma benzoilfeniluréia, larvicida que inibe a síntese de quitina nos insetos, resultando em interferência na formação de cutícula durante a mudança do exoesqueleto e, consequentemente, na morte das larvas.
Atualmente o diflubenzuron é utilizado no Brasil para o controle vetorial do Aedesaegypti, mosquito transmissor da dengue. Todavia, efeitos tóxicos decorrentes da exposição ao diflubenzuron tem sido relatados na literatura.
RESULTADOS
A análise revelou a ocorrência de efeitos tóxicos agudos e crônicos após a exposição ao diflubenzuron. A maioria dos efeitos tóxicos relacionados ao diflubenzuron devem-se aos seus metabólitos 4-clorofeniluréia (4-CPU)e 4-cloroanilina(4-PCA).
Efeitos tóxicos agudos observados incluíram casos de metahemoglobulinemia em neonatos e trabalhadores devido à ação da 4-PCA. A 4-PCA também foi descrita como mutagênica e carcinogênica em diferentes estudos.
A mutagênese foi observada em vários estudos in vitro, usando diferentes end-points. Em estudos experimentais, lesões neoplásicas malignas foram observadas em mais de uma espécie.
CONCLUSÕES
Diante das incertezas com relação aos efeitos adversos provocados pelo diflubenzuron sobre a saúde humana, o Princípio da Precaução deve orientar o uso do produto como estratégia do Ministério da Saúde para o controle vetorial de larvas do mosquito da dengue.
Relatório disponibilizado pela FIOCRUZ, no link podem observar o original.
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