TÉCNICO EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE COM ÊNFASE NO COMBATE ÀS ENDEMIAS - UFRGS
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
domingo, 9 de fevereiro de 2014
Estação de tratamento da Pavuna dará mais fôlego à Baía de Guanabara
Estação de tratamento da Pavuna dará mais fôlego à Baía de Guanabara
Segundo Victer, o tronco coletor também receberá de imediato o esgoto produzido nas comunidades do Dique, Furquim Mendes e Renascer, no Rio de Janeiro, e Vila Ideal, Lixão e Prainha, em Duque de Caxias. Após o encerramento de obras complementares, já em andamento, a estação receberá também o esgoto das comunidades Vila Esperança, Terra Encantada, Beira Rio, Vila Rica e Para-Pedro, no Rio de Janeiro.
Fonte: Jornal do Brasil
sábado, 8 de fevereiro de 2014
Quais são as ações de cada componente da vigilância em saúde?
A
vigilância epidemiológica é um “conjunto de ações que proporciona o
conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a
finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das
doenças ou agravos”. (BRASIL, 1990).
Seu
propósito é fornecer orientação técnica permanente para os que têm a
responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e
agravos.
Tem
como funções, dentre outras: coleta e processamento de dados; análise e
interpretação dos dados processados, divulgação das informações, investigação
epidemiológica de casos e surtos; análise dos resultados obtidos e recomendações
e promoção das medidas de controle indicadas.
A
vigilância da situação de saúde desenvolve ações de monitoramento contínuo
do país/estado/região/município/equipes, por meio de estudos e análises que
revelem o comportamento dos principais indicadores de saúde, priorizando
questões relevantes e contribuindo para um planejamento de saúde mais
abrangente.
A
vigilância em saúde ambiental centra-se nos fatores não biológicos do
meio ambiente que possam promover riscos à saúde humana: água para consumo
humano, ar, solo, desastres naturais, substâncias químicas, acidentes com
produtos perigosos, fatores físicos e ambiente de trabalho.
A
vigilância da saúde do trabalhador caracteriza-se como um conjunto de
atividades destinadas à promoção e proteção, recuperação e reabilitação da
saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições
de trabalho.
A
vigilância sanitária é entendida como um conjunto de ações capazes de
eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas
sanitários decorrentes do meio ambiente, produção e circulação de bens e
prestação de serviços de interesse da saúde. Abrange o controle de bens de
consumo que direta ou indiretamente se relacionem com a saúde, compreendidas
todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e o controle da prestação
de serviços que direta ou indiretamente se relacionam com a saúde.
Outro
aspecto fundamental da vigilância em saúde é o cuidado integral à saúde das
pessoas por meio da promoção da saúde. Essa política objetiva promover a
qualidade de vida, estimulando a população a reduzir a vulnerabilidade e riscos
à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições
de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura e acesso a bens e
serviços essenciais. As ações específicas são voltadas para: alimentação
saudável, prática corporal/atividade física, prevenção e controle do tabagismo,
redução da morbimortalidade em decorrência do uso de álcool e outras drogas,
redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito, prevenção da violência e
estímulo à cultura da paz, além da promoção do desenvolvimento sustentável.
Fonte: Manual de
Gestão da Vigilância em Saúde 2009
domingo, 2 de fevereiro de 2014
Avaliação da colinesterase sanguínea humana - ACE
A Colinesterase é a
enzima responsável pela hidrólise (destruição) da acetilcolina. Esta
encontra-se presente nas sinapses (terminações nervosas), servindo como
mediadora química da transmissão de impulsos nervosos através de fibras
pré-ganglionares parassimpáticas e pós-ganglionares simpáticas. A acetilcolina,
quando em excesso, é prejudicial. Para evitar isso, a colinesterase sanguínea
quebra a acetilcolina quase instantaneamente, inativando-a, à medida que ela
vai sendo elaborada. Essa reação química dá origem à colina e ao ácido acético,
ambos inofensivos para o organismo.
Existem dois tipos de
colinesterases: acetilcolinesterase ou colinesterase verdadeira (eritrocitária)
existente nas hemácias, no tecido nervoso e nos músculos estriados, sendo esta
a de maior importância na destruição da acetilcolina; e a pseudocolinesterase ou
inespecífica, presente em quase todos os tecidos, principalmente no fígado, no
plasma, pâncreas e no intestino delgado e em menor concentração no sistema
nervoso central e periférico. A pseudocolinesterase encontrada no soro diminui
antes daquela encontrada nas hemácias, sendo portanto, indicador biológico da
exposição a inseticidas organofosforados.
Os inseticidas
organofosforados e carbamatos são poderosos inibidores da colinesterase, sendo
os organofosforados muito utilizados atualmente em saúde pública, em especial
pelo PEAa. Com objetivo de garantir a proteção da saúde dos manipuladores desses
inseticidas, os convênios do PEAa que estão sendo celebrados atualmente com
Estados e Municípios contêm cláusula em que se comprometem a garantir aos
manipuladores desses produtos exames periódicos e uso de equipamento de
proteção individual (EPI).
A colinesterase pode
sofrer alterações com diminuição da sua concentração basal em pessoas que são
expostas constantemente a esses inseticidas. Os valores da colinesterase podem
sofrer diminuição também em pacientes portadores de alguma doença hepáticas (hepatite
viral, doença amebiana, cirrose, carcinomas, congestão hepática por
insuficiência cardíaca), desnutrição, infecções agudas, anemias, infarto do
miocárdio e dermatomiosite e alcoolismo.
Considerando que os
níveis basais da colinesterase sofrem variações de uma pessoa para outra, é
importante realizar o teste basal (pré-exposição) antecipadamente nas pessoas
que irão ter contato com organofosforados e carbamatos.
A dosagem periódica
da colinesterase sanguínea em manipuladores desses inseticidas é obrigatória,
devendo ser realizada no mínimo a cada seis meses, podendo reduzir-se este
período a critério do médico coordenador ou do médico agente da inspeção de
trabalho ou, ainda, mediante negociação coletiva de trabalho. A FUNASA/MS, através
do seu serviço médico, definiu que a periodicidade dos exames deverá ser
quinzenal, e, para cada resultado encontrado, haverá um procedimento que vai
desde o afastamento temporário até o definitivo afastamento das atividades com
inseticidas.
A avaliação dos
resultados depende do kit em uso. Atualmente, existem dois testes de campo: um
que determina a atividade colinesterásica e o outro a sua inibição e kits espectrofotométricos.
Tais resultados devem ser correlacionados com os antecedentes patológicos do
paciente.
Finalmente, o uso dos
equipamentos de proteção individual (EPI) e o apropriado manuseio desses
inseticidas constituem medidas de suma importância na prevenção da saúde do
trabalhador.
Nesse sentido,
constituirão objeto de permanente preocupação por parte dos responsáveis pela
programação e execução do combate ao Aedes aegypti as normas regulamentadoras
de prevenção e controle da saúde dos grupos ocupacionais incumbidos das
atividades descritas neste Manual.
Extraído “Manual
Técnico do Combate a Dengue”, FUNASA Abril/2001, páginas 62 e 63.
Nota: Já estou a 1 ano e meio no Controle de Endemias no
RJ e nunca fiz esse exame, nem mesmo quando fui admitido.
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