sábado, 27 de fevereiro de 2016

Com a palavra o agente Herivelton Teixeira


Com a palavra o agente 
Herivelton Teixeira

Tenho 13 anos no cargo de Auxiliar de Controle de Endemias, nosso serviço tem sido desvalorizado pela Prefeitura do Rio.  Trabalhamos diariamente, sol a sol, orientando a população sobre os malefícios e dos riscos pela falta de cuidados em suas casas que possa proliferar o Aedes Aegypti. Nestes tempos, de epidemia, o uso dos militares, bombeiros e Agentes Comunitários de Saúde foi uma forma da Prefeitura utilizar os números de imóveis vistoriados e apresentá-los à mídia, o que a população não sabe é quem realmente executou tecnicamente o trabalho foi os Agentes de Endemias.

Existe vários territórios sem agentes e nossa Prefeitura não realiza concurso para suprir o déficit de Auxiliar de Controle de Endemias, já temos vários colegas  readaptados em virtude do trabalho penoso (muitos com problemas  de coluna, joelho, cardíacos, dentre  outros), não é feito um estudo para diminuição desses casos de doença provocada pelo trabalho extenuante. 

Nos últimos 3 anos brigamos por melhorias salariais, por um plano de carreira  que nos dê um mínimo de dignidade e nos valorize como profissionais técnicos que somos. Já não aguentamos mais o descaso de nossos  gestores, que mesmo diante de uma epidemia, e do bom serviço prestado pelos servidores, não reconhece a importância de nossa função.
 
Herivelton é Agente de Combate às Endemias do Município do Rio de Janeiro

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